Acreditar que em outubro a situação da pandemia vai estar solucionada, a ponto de não ser mais necessário o Centro de Triagem de Covid-19 em Brusque no Vale do Itajaí, é necessário uma grande dose de fé, a mesma que o diretor de Turismo da cidade, Ivan Jasper, tem para trabalhar em prol da Fenarreco.
Atualmente, o Centro de Triagem de Covid-19 de Brusque está instalado no pavilhão Maria Celina Vidotto Imhof, o pavilhão da Fenarreco, onde tradicionalmente a “Festa Mais Gostosa do Brasil” é realizada, para o retorno do evento, Ivan explica que é necessário um controle da pandemia a ponto do Centro não ser mais necessário.
“A principal preocupação da gestão atual é em relação à Saúde e prevenção da Covid-19. Um dos espaços da secretaria de turismo é o pavilhão da Fenarreco, onde funciona o Centro de Triagem, é impensável para a prefeitura alugar outro espaço com a estrutura que temos aqui ou realocar o Centro, por isso é preciso o controle completo da pandemia para o retorno da festa no modelo tradicional”, explicou Jasper.
O Centro funciona de segunda a sexta-feira das 7h às 19h e aos finais de semana das 08h às 17h. De acordo com a prefeitura, os números de atendimento variam. Nesta semana, uma média de 400 pessoas passam todos os dias para avaliação médica. Na última semana, a média era de 300 pessoas diariamente.
Três modelos, três possibilidades
Jasper garante que tem esperanças de que até outubro de 2021, haja condições sanitárias para a realização da primeira possibilidade da festa: a Fenarreco plena.
“Estamos trabalhando, fazendo orçamentos e acreditando que até outubro possamos voltar com a nossa festa plena, como todos conhecem. Assim como nasceu a Fenarreco em 2008, como uma forma de renovo e alegria para a comunidade também queremos fazer em 2021. Seria o retorno da alegria e tempos melhores”, destacou o diretor.
A segunda possibilidade é fazer uma Fenarreco gastronômica, onde restaurantes tradicionais da cidade poderiam comercializar os pratos típicos como o marreco recheado, batata recheada, linguiça entre outras iguarias.
A terceira opção é não ter a festa. “Eu torço para que a festa aconteça, mas isso não está no meu controle. Nós vemos que a secretaria de Saúde trabalha para isso acontecer. A Fenarreco só vai acontecer se a pandemia se controlar ao ponto do Centro de Triagem não precisaria existir”, salientou Jasper.
A decisão ainda não foi definida pelo Executivo brusquense. A expectativa é que ocorra nos próximos meses.
Reverter os prejuízos
Na última edição da festa, em 2019, o prejuízo financeiro de acordo com a prefeitura foi de R$ 355,3 mil, o que demanda do Executivo alternativas para reverter a perda econômica. Para Jasper, a saída está na iniciativa privada.
“Podemos explorar os espaços de mídia física dentro do pavilhão, para que a gente não tenha despesas. Eu penso que ao invés de cobrar mais caro as entradas, devemos cobrar mais barato para atrair mais pessoas, para atrair pelo menos 50% a mais de público e que possibilite maior consumo na festa”, ponderou.
Fonte(s): GRAZIELLE GUIMARÃES, ITAJAÍ
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