As Polícias Militar e Civil ficarão responsáveis pela segurança tanto do transporte quanto dos locais de armazenamento das 330 mil doses da vacina contra a Covid-19 em Santa Catarina. O Ministério da Saúde tem reforçado que as vacinas devem chegar ao estado na próxima quarta-feira (20).
“A hora que chegar no estado, a gente vai cuidar dos locais de armazenamento e na escolta em todo o estado de Santa Catarina”, disse o presidente do Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial de SC, coronel Bombeiro Militar Charles Alexandre Vieira.
O militar participou de uma reunião nesta sexta-feira (15), por videoconferência, que foi convocada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e tratou da Operação de Distribuição Nacional da Vacina.
Charles disse que a Secretaria de Segurança Pública já colocou sete helicópteros e quatro aviões à disposição da Secretaria de Estado da Saúde e do Ministério da Saúde para ajudar na entrega em cidades mais distantes. Também foram disponibilizados veículos terrestres.
Os helicópteros fazem parte de três forças de segurança: três da Polícia Militar, dois do Corpo de Bombeiros e dois da Polícia Civil. Já os quatro aviões são da PM e do Corpo de Bombeiros (cada força colocou dois à disposição).
Sem definição de logística
O presidente do Colegiado frisou que, por enquanto, não há um quantitativo de homens e veículos que serão utilizados nesta logística no estado devido à indefinição da quantidade de vacinas entregues. “A logística não está tão certa ainda, depende da quantidade de doses”, salientou.
A logística dos aeroportos de São Paulo e Rio de Janeiro, de onde deverão partir as vacinas, até os demais Estados do país será realizada com escolta das Polícias Federal e Rodoviária Federal. Caberá aos Estados a escolta realizada até os municípios e a segurança nos locais de armazenamento.
Apesar da previsão do Ministério da Saúde de entregar as doses na próxima quarta-feira, pairam dúvidas nos gestores estaduais. Questionado sobre como chegarão as vacinas em Santa Catarina, se por via aérea ou terrestre, o coronel disse não ter certeza.
“Não sabemos que vai chegar primeiro”, comentou ele, ao não descartar o envio de vacinas Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.
Entrega imediata
Na sexta-feira (15), o Ministério da Saúde enviou ao Instituto Butantan um ofício no qual pediu a entrega “imediata” de seis milhões de doses importadas da vacina contra a Covid-19 que já se encontram em São Paulo.
No documento, o ministério informou ao Butantan que “precisa fazer o devido loteamento para iniciar a logística de distribuição para todos os estados da federação de maneira simultânea e equitativa, conforme cronograma previsto no Plano Nacional de Operacionalização da vacinação contra a Covid-19″.
Fonte(s): PAULO ROLEMBERG, FLORIANÓPOLIS
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