A campanha de vacinação contra a poliomielite foi prorrogada em diversas cidades, devido a baixa adesão. Na região da Foz do Rio Itajaí-Açu, apenas 58,56% das crianças de 0 a 5 anos foram vacinadas, de um total de 33.820. Os dados são do DataSUS, um sistema público do Ministério da Saúde, até o final da tarde desta quinta-feira (5).
Itajaí, por exemplo, conseguiu vacinar 55,18% das 11.276 crianças. Foram cerca de 6,2 mil doses da vacina contra a poliomielite aplicadas. A campanha de vacinação na cidade continua até dia 13 de novembro, e a meta é vacinar 95% do público alvo.
No decorrer dos anos, já é vista uma queda na adesão dos pais. Isso porque os pais já não veem as doenças prevenidas com a vacina, como a poliomielite. “Eles [os pais] acabam achando que não é importante, que a doença não existem mais, e que não precisa vacinar”, explica a gerente de imunização do município, Juliana de Oliveira Gastmann.
Neste ano, a queda na adesão foi ainda mais perceptível por conta da pandemia de Covid-19. Segundo Juliana, um dos fatores é o medo de ir até a unidade de saúde para fazer a vacinação.
Em outras cidades, os índices da cobertura vacinal são ainda menores. Navegantes, por exemplo, vacinou 51,88% do público alvo. Na cidade, pouco mais de 2 mil doses foram aplicadas. São 4.233 crianças que deveriam ser vacinadas no município.
Balneário Camboriú já tem um índice maior. Das 5.269 crianças, 3.450 foram vacinadas. Isso representa 65,48% da cobertura vacinal. Mesmo assim, ainda é abaixo da meta de 95%, estabelecida pelo Ministério da Saúde.
Itapema também atingiu pouco mais de 50% do público alvo. Cerca de 1,4 mil doses foram aplicadas, de um total de 2,7 mil crianças. Isso representa 54,75% da cobertura vacinal. Já em Camboriú, 2,4 mil das 4,4 mil crianças foram vacinadas – ou seja, 53,80%.
O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) estabelece a obrigatoriedade dos pais, ou responsáveis legais, de levarem as crianças para vacinação.
Fonte(s): Kassia Salles, Itajaí
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