Cuba tem 53.308 casos de coronavírus e 336 mortes desde o início da pandemia, de acordo com dados oficiais
A candidata de Cuba a vacina contra o novo coronavírus Soberana 02 recebeu autorização para iniciar a terceira e última fase de ensaios clínicos, na qual sua eficácia será testada em larga escala, tornando-se, assim, o primeiro possível imunizante latino-americano a avançar para a última etapa.
A Soberana 02 é o mais avançado dos quatro candidatos pesquisados em Cuba e foi desenvolvida pelo Instituto Finlay de Vacinas (IFV), estatal. O diretor do organismo, Vicente Vérez, declarou nesta quinta-feira que a autorização para o estudo de eficácia é "um dos grandes marcos" na corrida global para encontrar uma cura para a Covid-19.
Das 76 vacinas candidatas atualmente em testes clínicos em todo o mundo, a fórmula cubana é a primeira das que estão sendo desenvolvidas na América Latina a avançar para a fase final de testes.
Soberana 02, para aplicação intramuscular, é uma vacina subunitária que combina o antígeno do vírus e o toxoide do tétano, e também usa hidróxido de alumínio para estimular a resposta do sistema imunológico.
Após receber permissão do Centro de Controle Estatal de Medicamentos, Equipamentos e Dispositivos Médicos (Cecmed), o ensaio começará nos próximos dias em oito municípios de Havana. Os testes incluirão 44.010 voluntários com idades entre 19 e 80 anos e que não tenham sido infectados pelo SARS-CoV-2.
A capital cubana é atualmente o território com a maior taxa de infecção da ilha e, nos últimos dois meses, foi responsável por uma média de metade dos novos casos registrados diariamente.
Além da Soberana 02, Cuba está desenvolvendo três outras vacinas candidatas contra a Covid-19, às quais acaba de ser acrescentada outra, especificamente destinada a prevenir o risco de reinfecção em pessoas em convalescença da doença.
A ilha não adquiriu vacinas no mercado internacional, nem é um dos países que aderiram ao mecanismo Covax, criado sob os auspícios da Organização Mundial da Saúde (OMS) para impulsionar o acesso equitativo à imunização para nações de baixa e média renda.
Fonte(s): INTERNACIONAL | Do R7
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