Santa Catarina tem mais de 3 milhões de agulhas e 9,5 milhões de seringas preparadas para iniciar a imunização contra a Covid-19. A informação foi divulgada pela SES (Secretaria de Estado da Saúde) nesta quinta-feira (14) após o Ministério da Saúde afirmar ao STF (Supremo Tribunal Federal) que o Estado corria o risco de não ter estoque suficiente para atender a demanda inicial da vacinação.
Ainda conforme a secretaria, há um quantitativo de compras que deve chegar ao Estado. A previsão é que as sete milhões de agulhas e as 500 mil seringas desembarquem em Santa Catarina em até cinco dias.
Em nota, a SES afirmou que não considera as aquisições já realizadas diretamente pelos municípios e nem os estoques já entregues aos hospitais para vacinação das equipes.
“Além disso, outras atas para a aquisição estão em aberto. Ressalta-se que a Secretaria de Estado da Saúde já oficializou o Ministério da Saúde para que as requisições de estoques de empresas sediadas em Santa Catarina permaneçam à disposição do Estado.”, informou a pasta.
O Ministério da Saúde prevê a entrega de até 30 milhões de doses de diferentes vacinas contra a Covid-19 até o fim de janeiro. Segundo a equipe técnica da pasta, se todas elas ficarem disponíveis até o fim do mês, sete estados teriam dificuldades para efetivar a aplicação das doses.
“Verifica-se apenas que os estados do Acre, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco e Santa Catarina não teriam estoque suficiente para suprir essa demanda inicial, caso houvesse a disponibilidade imediata das 30 milhões de doses”, afirmou o Ministério nesta quarta (13).
No documento apresentado, o Estado catarinense aparece com o quantitativo de 590 mil seringas e agulhas, além da informação de que não teria estoque suficiente para a realização das imunizações.
De acordo com o Ministério da Saúde, as consultas dos insumos foram feitas em 27 novembro de 2020. Além disso, o governo federal fez solicitações às secretarias de estado e colheu informações dentro do SIES (Sistema de Informação de Insumos Estratégicos).
Dados divulgados por SC:
- Agulhas: 710 mil unidades (estoque central) e 2,35 milhões (distribuídas aos municípios). Total: 3,06 milhões;
- Seringas: 6,5 milhões (estoque central) e 3 milhões (distribuídas aos municípios). Total: 9,5 milhões;
- 7 milhões de agulhas e 500 mil seringas foram compradas e chegam em até cinco dias;
- 2,8 milhões de pessoas fazem parte do grupo prioritário no Estado;
- População estimada em Santa Catarina, segundo o IBGE: 7.252.502 milhões;
30% a mais seringas para 2021
Ainda em novembro de 2020, o governo de Santa Catarina abriu processo para a aquisição de seringas e agulhas para ações de imunização no Estado.
A previsão era de que os materiais fossem consumidos em doze meses para novas vacinas, a partir de 2021. O aviso de licitação foi publicado no Diário Oficial do Estado no dia 17 de novembro. Na ocasião, o Estado não confirmou que a compra tenha a ver com a vacinação para o novo coronavírus.
Na ocasião, a Dive-SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica) afirmou que os insumos não estavam “necessariamente” relacionados com a aquisição de vacinas contra o novo coronavírus. Isso porque o Estado segue o Plano Nacional de Imunização e ainda aguardava orientações do Ministério da Saúde.
Início da vacinação é confirmado
Mais de 130 prefeitos liderados pela FNP (Frente Nacional de Prefeitos) se reuniram na manhã desta quinta-feira (14), de forma virtual, com o ministro da saúde, Eduardo Pazuello. O encontro começou às 10h30 e, durante quase duas horas, serviu para tratar de pontos emergenciais relativos à vacinação contra a Covid-19.
O prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM), um dos gestores que participou do encontro, usou uma rede social para repassar a informação dada pelo ministro Pazuello sobre o início da vacinação.
Segundo ele, a vacinação deve começar na próxima quarta-feira (20) em todo território nacional, caso a Anvisa aprove o uso emergencial da Coronavac e da AstraZenica no domingo (17).
Será dada prioridade ao seguinte grupo: profissionais de saúde, idosos em asilos e indígenas. Depois, idosos acima de 75 anos. É o que planeja o Ministério.
Fonte(s): REDAÇÃO ND, FLORIANÓPOLIS
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