Florianópolis está com uma baixa procura nos pontos de vacinação contra Covid-19 nos últimos dias. A Secretaria Municipal da Saúde entende que isso indica que o grupo atual – pessoas com comorbidades – está quase todo vacinado. O município tem ampliado cada vez mais o grupo prioritário apto a receber o imunizante.
Outra hipótese levantada por meio de relatos de moradores que tiveram dificuldades para tomar a vacina questiona se a burocracia pode ter prejudicado o alcance de pessoas.
A reportagem do ND+ registrou o baixo fluxo de pessoas em locais onde o imunizante era aplicado na última sexta-feira (21), e a informação foi confirmada pela prefeitura nesta semana.
“Diante da baixa demanda que vêm ocorrendo nos últimos dias, foi ampliada a vacinação de hipertensos, diabéticos e obesos desde o último sábado. Até por isso o pedido de antecipação dos demais grupos”, disse, em nota, a Secretaria de Saúde.
O grupo prioritário já havia sido ampliado no último sábado (22), e nesta terça (25) o prefeito Gean Loureiro informou em sua rede social que mais uma comorbidade foi incluída: “pessoas acima de 50 anos que tenham hipertensão arterial estágios 1 ou 2 também podem vacinar”, escreveu.
No final da última semana, uma nota técnica emitida pela Dive (Diretoria de Vigilância Epidemiológica) orientou os municípios a expandirem seus grupos.
No entanto, a Secretaria de Saúde de Florianópolis informou que não é feito nenhum tipo de busca por moradores que possam receber a vacina.
“Nesses casos, o contato é feito apenas com pacientes com comorbidades que tenham dificuldade de locomoção. Assim os centros de saúde vacinam os moradores em casa”, informou a pasta.
Burocracia pode ter atrapalhado no alcance de pessoas?
Alguns moradores relataram uma certa dificuldade para conseguir comprovar suas comorbidades e receber o imunizante. É o caso de uma moradora de 51 anos, que não quis se identificar, e que sofre de diabetes e hipertensão.
Ela conta que levou um atestado médico no ponto de vacinação que não foi aceito, pois não estava no modelo específico indicado pela prefeitura.
“Tenho 51 anos, tenho diabetes, mas também sou hipertensa e tenho arritmia, no dia certo da minha idade eu cheguei a levar uma solicitação para o cardiologista onde informa todas as minhas comorbidades, mas não aceitavam, somente o atestado conforme estava no Covidomêtro“, disse.
Fonte(s): Redação, ND Florianópolis
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