A abertura da fronteira entre o Brasil e a Argentina nesta sexta-feira, 1/10, é um marco importante para a retomada da economia, do turismo e da competitividade para Santa Catarina. Essa é a opinião da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina, a Facisc, que reúne mais 35 mil empresas e 148 associações empresariais em todo o estado.
Segundo o diretor de Comércio Exterior da entidade, Volmir Marcos Voltolini, marca a volta da normalidade para os dois países e para o mundo como um todo. “A abertura fará com que a economia volte a girar”. Outro ponto destacado pelo empresário, que é da cidade de Dionísio Cerqueira, a reabertura tem um lado social que muito importante porque voltará a unir famílias que estiveram separadas durante todo este tempo de pandemia. “Famílias interditas ficaram afastadas porque as fronteiras estavam fechadas. Será um momento de reencontro.”
Com a reabertura um dos setores que volta a ser aquecido é o turismo. “Um dos principais setores da economia catarinense fortemente afetado pela pandemia e fechamento das fronteiras”. A Argentina é o primeiro país em número de turistas estrangeiros no Brasil e em Santa Catarina.
A abertura da fronteira também traz de volta um hábito muito comum na região, que é o comércio fronteiriço, o turismo de compras. As pessoas voltam a comprar dentro da cota permitida. Com isso desestimula o contrabando descaminho que cresceu muito neste período de fronteiras fechadas. “Muitos buscaram essa linha para levar produtos para dentro do país de forma ilegal”, destaca o diretor. Outro ponto que é importante ressaltar é o incentivo ao turismo local e regional.
A redução dos índices de falta de mão-de-obra também é um dos pontos destacados pela Federação como benefícios da abertura da fronteira. “Temos um trânsito muito grande entre pessoas que moram em uma cidade e trabalham em outra”.
A presidente da Associação Empresarial da Fronteira, Raquel Schwab, A abertura tem grande importância para o comércio local tanto do Brasil quanto da Argentina. “É isso que vai reaquecer a economia de Dionísio Cerqueira em Santa Catarina, do municípios paranaenses de Barracão e Bom Jesus do Sul e o argentino de Bernardo de Irigoyen.” O impacto é direto porque terá novamente a circulação de turismo. “As pessoas voltam a circular na cidade, voltam a se hospedar nos hotéis, consumir em restaurantes, bares e lanchonetes, e movimenta toda a economia local. Estamos otimistas e esperançosos”.
O pedido para abertura da fronteira é bandeira de diversas instituições e movimentos como o Comitê de Desenvolvimento Territorial La Frontera e o Conselho de Desenvolvimento Trinacional (Codetri) que luta em prol da reabertura das fronteiras entre o Brasil e a Argentina.
Foto: Aduana de Turistas de Dionísio Cerqueira e Bernardo do Irigoyen, fechada para a passagem de pessoas.
Fonte(s): Silvia Shioca - Imprensa Facisc
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