Dona Hermínia surgiu como uma brincadeira, quando Paulo Gustavo imitava a própria mãe e os colegas morriam de rir. Ela surgiu em 2004 quando, na peça Surto, apresentou a personagem que marcaria sua carreira, Dona Hermínia.
No ano seguinte, após se formar na CAL, passou a integrar o elenco de Infraturas, mas o grande reconhecimento de público veio em 2006 com o espetáculo Minha Mãe é uma Peça, que rendeu três adaptações para o cinema (2013, 2016 e 2019), que conquistaram enorme bilheteria.
Trata-se de uma típica dona de casa que, sempre à beira de um ataque de nervos, toma as atitudes mais engraçadas. Além de inspirar a peça, tornou-se um dos personagens fixos do programa de TV 220 Volts, no canal Multishow.
Não foi fácil transpor de uma mídia para outra e ainda preservar o sucesso. A mãe da peça era diferente em relação à que aparece na tela.
“Mudamos tudo, a maquiagem, o gestual, até essa coisa de o ex-marido e os filhos aparecerem, o que não se dá nem na peça nem na TV. É outra coisa, realmente”, contou Paulo Gustavo ao Estadão, em 2013.
Paulo Gustavo dizia que devia tudo à mãe, às tias. “Meu avô dizia que, por baixo daqueles vestidos, elas eram todas homens”, comentou, com uma risada escandalosa.
A transformação do teatro para o cinema, aliás, foi uma decisão pessoal. “No filme Divã, eu era ator contratado. Fiquei de bico calado. Fazia o cabeleireiro da personagem de Lília Cabral. Aqui, a personagem é minha, o filme é meu. Palpitei em tudo. O roteiro é do Fil Braz e meu. Mas o André (Pellenz, diretor) sabe tudo de cinema. Essa coisa do ritmo, da edição, tudo o que se refere ao visual, ao cenário, André é fera.”
Voltando à sua trajetória, Paulo Gustavo protagonizou outra peça em 2010, Hiperativo, dirigido por Fernando Caruso – o título descrevia bem sua personalidade.
No ano seguinte, assumiu a apresentação do programa 220 Volts e, em 9junho de 2013, ainda no Multishow, estreou o sitcom Vai que Cola, que também ganhou uma adaptação para o cinema, em 2015.
Mas o estrondoso sucesso de Minha Mãe é uma Peça nas telonas o convenceu a voltar para uma terceira parte – e o público comprovou que não estava cansado da personagem. Na época do lançamento, Paulo Gustavo disse ao Estadão que gostaria de atingir um público maior com Minha Mãe 3.
Fonte(s): ESTADÃO CONTEÚDO, SÃO PAULO
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