O novo mapa de risco divulgado pela SES (Secretaria de Estado da Saúde) no último sábado (12) voltou a acender o alerta para a piora da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e uma possível nova onda em Santa Catarina. Todas as regiões do Estado voltaram para o nível gravíssimo (cor vermelha).
As 16 regiões aparecem com o pior índice dos indicadores da pandemia. A região da Grande Florianópolis, que vinha se mantendo no patamar grave (laranja) há semanas, além do Nordeste e do Médio Vale do Itajaí, que estavam com o mesmo índice na semana anterior, pioraram para o gravíssimo.
Para o epidemiologista e professor do Departamento de Saúde Pública da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), Fabricio Augusto Menegon, um dos principais fatores que explica a piora no cenário pandêmico em Santa Catarina é a baixa taxa da população que já foi imunizada com as duas doses da vacina contra a Covid-19.
Segundo números do Vacinômetro do governo do Estado, a última atualização nesta segunda-feira aponta que 764.318 pessoas, ou 10,54% da população, já recebeu as duas doses da vacina.
“A taxa de vacinados ainda é muito baixa. Esse número [10,54%] indica que cerca de 90% da população ainda está exposta ao contágio. A exposição de cada uma ao vírus depende muito do quanto elas têm condições de manter o distanciamento social e se estão respeitando as medidas de distanciamento”, explica o professor.
Ainda segundo o especialista, no momento não é possível afirmar que Santa Catarina tenha controle sobre a pandemia. Ela ainda lembra que a entrada de novas cepas no país contribuem para a subida de casos.
“O fato do Estado estar vacinando a população, pode fazer com que algumas pessoas assumam a mensagem de que: ‘bom, agora que tem vacina, o Estado está vacinando, eu posso voltar à vida normal, porque daqui a pouco chega minha vez de tomar’. A vida só voltará a normalidade quando nós tivermos um percentual muito elevado da população vacinada”, reforça o especialista.
Vale lembrar que o governo do Estado afirmou que vai vacinar toda a população catarinense com 18 anos ou mais até o dia 23 de outubro de 2021.
Fonte(s): IAN SELL, FLORIANÓPOLIS
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