Avanço da vacinação, regiões em queda no nível de risco, retomada dos eventos em Santa Catarina. Esses e outros fatores podem dar a impressão de que a pandemia do coronavírus está controlada e, por isso, trazem um novo perigo: a redução dos cuidados em relação à Covid-19.
Quem faz o alerta é Jean Rodrigues, secretário de Saúde de Joinville. A região Nordeste, onde fica a cidade, está no nível gravíssimo, o mais preocupante no mapa de risco, há cerca de sete semanas, e tem como maior desafio a ocupação dos leitos de UTI.
“Em Joinville, nos últimos 30 dias, temos pressão por leitos de UTI normal. Não temos condição de deixar leitos ociosos para a UTI Covid se há pessoas que precisam em outras especialidades”, explica Jean.
A alta ocupação dos leitos mantém a região no nível gravíssimo. “Não temos pontuação para estar em outro nível. Nossos números realmente são para um cenário gravíssimo”, destaca o secretário.
Conforme os dados do Painel Covid-19 atualizados na quarta-feira (18), Joinville tem 86% dos leitos de UTI Covid ocupados. A situação mais preocupante é a dos leitos destinados a adultos na rede pública, em que a ocupação chega a 94%. Na rede privada, para o mesmo público, é de 86%.
Aumento de casos de coronavírus preocupa em Joinville
Além da ocupação das UTIs, outro aspecto que preocupa em Joinville é o aumento do número de casos confirmados de infecção pelo coronavírus.
“Não diminuímos a testagem, continuamos testando todos os sintomáticos e estamos com tendência de alta”, fala Jean. Conforme o Painel Covid-19, atualmente a cidade tem 1.302 casos ativos da doença.
O aumento, segundo o secretário, pode ter relação com o inverno e com as férias escolares. “O crescimento está condizendo com o cenário de antes de abril, em que os casos aumentavam sempre depois de um feriado”, diz.
Por enquanto, apesar de cinco casos de contaminação pela variante Delta já terem sido confirmados em Joinville, a nova cepa não tem interferido no aumento dos casos.
Fonte(s): JULIANE GUERREIRO, JOINVILLE
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