O que era para ser um dia de concentração e foco se transformou em angústia e indignação. Isso porque dezenas de candidatos não conseguiram entrar nas salas para realizar as provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2020, neste domingo (17), em Florianópolis. E o motivo não foi o atraso.
Antes do fechamento dos portões, a reportagem acompanhava a intensa movimentação de candidatos na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina).
Longas filas se formavam em frente aos centros, quando os candidatos foram informados de que não poderiam mais entrar nas salas em função da lotação.
Fiscais responsáveis pelo controle da entrada dos locais de prova anunciaram os números das salas que já haviam atingido o limite da capacidade.
Os candidatos, então, foram orientados a sair da fila e aguardar do lado de fora. Um grande grupo de pessoas indignadas com a situação acabou se formando.
Esses candidatos terão que esperar por um novo exame, que deverá ser realizado no final de fevereiro. Neste domingo, são aplicadas as avaliações de Linguagens e Ciências Humanas e a prova de Redação.
O que foi repassado aos candidatos
Na frente do CCE (Centro de Comunicação e Expressão), o grupo que aguardava do lado de fora recebeu as primeiras informações de Rogério Salles, advogado da Fundação Cesgranrio, instituição encarregada pela aplicação da prova.
Ele disse aos alunos que não foi possível alocar todos os inscritos nas salas disponibilizadas pela UFSC.
Segundo Salles, a recomendação para fechar os espaços teria sido motivada por um novo plano de contingência emitido pela Vigilância Sanitária de Florianópolis e o MPSC (Ministério Público de Santa Catarina).
O advogado sugeriu aos candidatos barrados que acessem o site do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) ou entrem em contato pelo número 0800 da instituição para remarcar a prova.
Não foi emitido nenhum documento ou comprovante de presença para aqueles candidatos que não conseguiram entrar nas salas.
No CCE, os próprios candidatos registraram seus nomes em uma lista e a entregaram em mãos ao advogado.
No CSE (Centro Sócio-Econômico), candidatos relataram que fiscais teriam solicitado o CPF e o número de inscrição daqueles que não puderam fazer o exame. A mesma situação teria ocorrido também em outros blocos da Universidade.
Candidatos indignados
Izabella, de 20 anos, foi uma das candidatas barradas ao tentar acessar seu local de prova no CCE.
Fonte(s): BRUNA STROISCH, FLORIANÓPOLIS
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